Com este post o Miscelânea Pop se despede de 2010.
Um ano que foi repleto de shows internacionais pelo Brasilzão, mais uma infinidade de lançamentos no mundo da música, sendo que muitos acabaram passando batidos no meio de tantos títulos que encheram meu HD. Muita coisa vai acabar ficando para a repescagem no começo de 2011.
Uma pequena mudança na lista deste ano, é que os álbuns de estréia (Comentados no post das principais revelações do ano) vão ficar de fora desta lista, ainda que muitos deles mereçam figurar aqui.
Então vamos lá: Aqui vai o meu top 10 dos melhores discos gringos de 2010:
- Devo - Something for everybody
Os veteranos do Devo voltaram, após 20 anos da gravação de seu último álbum de estúdio, em plena forma e presenteiam os fãs com um trabalho cheio de vigor. Canções alegres e dançantes, que mesclam a energia do punk com as batidas eletrônicas e os sintetizadores, trazendo de volta todo o espírito juvenil da New Wave, com a diferença que agora os caras são uns cinquentões, mas que não perderam o jeito pra coisa.
- Greenhornes - Four stars
Esse acabou entrando na lista aos 45 do segundo tempo. Não vou me extender muito comentando este álbum, até porque foi publicada uma resenha recentemente aqui no blog. Queria apenas acrescentar que, apesar de ter sido lançado há pouco mais de um mês, o novo do Greenhornes já é um dos discos gringos que mais ouvi neste ano. Rock simples, direto e irresistivelmente retrô.
- Black Keys - Brothers
O duo de garage rock que tem suas raízes fincadas no blues, lançaram neste ano seu sexto disco de estúdio, no qual experimentam uma produção mais requintada para os padrões da banda, que sempre valorizou o rústico, em gravações feitas até em porões. Apesar da guitarra e bateria continuarem em primeiro plano, agora dividem o espaço com teclados e backing vocals femininos. Uma agradável renovação que pode conquistar uma legião de novos fãs para a banda.
- The Wavves - King of the beach
Terceiro disco da banda The Wavves também apresenta mudanças em direção à uma sonoridade mais palatável, onde o noise lo-fi não aparece de maneira tão intensa quanto em seu antecessor, deixando as canções mais fáceis de serem assimiladas pelos ouvintes. Mas não vá pensando que irá encontrar algo muito pop por aqui não! A faixa título reverencia a surf music, mas também há rock garageiro, punk bubblegum, incursões ao grunge dos anos 90 e uma pitada de neo-psicodelia.
LCD Soundsystem -This is happening
Liderado pelo gênio das pistas James Murphy, o LCD Soundsystem voltou com tudo neste terceiro trabalho, que tinha como maior desafio fazer algo que fosse tão excitante quanto seus dois discos anteriores. E não é que eles conseguiram? Seu mix de música eletrônica, com New Wave, Synth Pop e Dance Music, aliado às belas composições de Murphy garantem o padrão de qualidade incontestável da banda.
Arcade Fire - The Suburbs
Este deve ser um trabalho divisor de águas na carreira dos canadenses do Arcade Fire. Com seu aclamado terceiro álbum The Suburbs constando das listas de melhores lançamentos do ano em quase todas as principais publicações e sites especializados em música, a banda deve experimentar um salto do Indie ao Mainstream. E no caso do Arcade Fire, isso não deve ser encarado como algo pejorativo, muito pelo contrátio. As canções deste álbum são encantadoras e vão se vão se tornando viciantes a cada audição.
The Dead Weather - Sea of cowards
Com um time de respeito, talvez o Dead Weather tenha decepcionado no primeiro álbum por reunir um elenco com músicos do White Stripes, The Kills, Greenhornes e Queens of the Stone Age, onde tudo soava exagerado e confuso. Aqui eles acertam a mão e justificam o título de superbanda. Jack White e VV se alternam nos vocais e até se arriscam em duetos. Dosando a sensualidade do blues com o vigor e a agressividade do rock garageiro, eles superaram todas as expectativas neste disco.
- Flaming Lips - Embryonic
Apesar de ter sido lançado com pouco tempo de difença de "Dark side of the Moon" (versões que o Flaming Lips fez para o clássico disco do Pink Floyd), Embryonic não teve a mesma repercussão e foi pouco comentado. Uma tremenda injustiça, pois Embryonic é muito melhor do que o referido álbum de covers. Mas é um disco apenas para iniciados em Flaming Lips, que apreciam as maluquices da banda, as experimentações a psicodelia e as ambientações espaciais, tudo tocado com a maestria desta banda nada convencional.
- Black Rebel Motorcycle Club - Beat the devils tattoo
No sexto álbum dos californianos que sempre são associados ao Jesus & Mary Chain eles voltam com um discaço que merece figurar em qualquer lista de melhores do ano que se preze. Pena que muitas destas listas prefiram exaltar bandinhas que talvez nem cheguem ao segundo disco. Mas o BRMC expande suas referências sonoras para muito além dos irmãos Reid. Há canções com toques de folk, blues, gospel, além de seus tradicinais riffs e feedbacks de guitarras.
- MGMT - Congratulations
Mais um álbum injustiçado... Talvez pela expectativa gerada após o lançamento do surpreendente álbum de estréia, que emplacou ao menos dois hits (Time to pretend e Kids), seu sucessor sucumbiu a uma série de críticas negativas, não agradando a quem esperava outros hits à altura. É verdade, não há nenhuma canção em Congratulations com potencial para se tornar sucesso radiofônico. Mas isso não tira o brilho do álbum, que tem excelentes músicas, com instrumental seguro e melodias elaboradas.
That's all, folks!
Boas festas e em 2011 voltaremos neste mesmo batcanal.
Até lá!!!
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