segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

The Greenhornes está de volta com novo disco

Four stars é o título do quarto álbum de estúdio da banda norte-america The Greenhornes, lançado pelo selo Third Man Records (de Jack White) 8 anos após a gravação de Dual Mono, seu antecessor.
Enquanto seus integrantes Jack Lawrence (baixo) e Patrick Keeler (bateria) tocavam com o Jack White e Brendan Benson no The Raconteurs (Lawrence também toca no The Dead Weathers), o Greenhornes foi forçado a dar um tempo e, somente agora que pintou uma folga das bandas citadas acima, conseguiu produzir material inédito.
Mas nem todo este tempo sem gravar músicas novas foi capaz de diminuir a inspiração dos caras e nem de tirar o talento que eles têm para compor verdadeiros petardos garageiros, que poderiam ter sido lançados nos anos 60 sem causar estranhamento algum naquela época.
Craig Fox (guitarra e voz) continua em grande forma e mostra toda sua versatilidade para interpretar canções que vão de rocks certeiros à incursões psicodélicas, ousando até baladas românticas nos moldes das grandes bandas dos sixties, devendo agradar em cheio aos fãs de Rolling Stones, The Kinks, Love, The Troggs, entre outros grupos da época.
Saying Goodbye e Underestimator abrem o álbum e reafirmam a vocação da banda para o garage rock tradicional, para em seguida dar uma guinada rumo ao pop perfeito com textura sessentista de Better off without you, uma das canções mais bonitas criadas pelo Greenhornes, com potencial para se tornar seu primeiro hit radiofônico, apesar disso ser altamente improvável...
Outros grandes momentos do álbum são as faixas Song 13, Need your Love, Let the world behind, que irão saciar a ansiedade dos fãs da banda que aguardaram tanto tempo por material inédito. Apesar da arte horrenda da capa, o disco vale a pena.
Há quem ache que o Greenhornes é a banda certa no momento errado. Mas nestes tempos em que não aparece nada que vá revolucionar o mundo do rock eles estão aí para mostrar que ainda é possível fazer boa música usando apenas a simplicidade do bom e velho rock’n roll. Afinal de contas, não dá para querer reinventar a roda, não é mesmo?

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