No terceiro álbum da banda Poucas Trancas,intitulado Pare! Olhe! Escute!, fica nítida a evolução deste quarteto de Santo André, que volta à sua formação original, com Rodrigo Regis (voz, teclado, sintetizador e violão), Leandro Sant´Ana (baixo e voz), Tiago Silva (guitarra) e João Frandom (bateria e percussão).
Não há como evitar o termo amadurecimento, que neste caso está mais relacionado à consistência das novas composições do que com a velha idéia de que amadurecer signifique tornar-se mais sério, mais confessional e perder aquela energia juvenil, um sintoma que acomete muitas bandas em determinada fase de suas carreiras.
A irreverência e a inventividade sempre foram marca registrada da banda, que aqui parece estar totalmente à vontade, sem receio de deixar transparecer suas maiores influências, em canções que carregam no DNA traços genéticos de Mutantes, Secos & Molhados, Raulzito e muitos outros artistas da MPB setentista, porém com muita qualidade autoral e personalidade.
A introdução da faixa título tem forte semelhança com o The Who, da fase Who’s next, iniciando com uma programação de sintetizador e viradas de bateria no melhor estilo Keith Moon, para logo em seguida adquirir contornos mais abrasileirados, soando como o seminal Tutti-Frutti, banda que acompanhou a roqueira Rita Lee em sua época áurea.
E o rock predomina nas faixas seguintes, como em Ponto de Vista, que tem um poderoso um riff de guitarra e uma melodia envolvente, enafrenética Antes que eu me esqueça, ambas em clima de total descontração, repletas de versos irônicos, mas sem deixar de fazer críticas bem humoradas à sociedade moderna.
A letra de Avenida do Estado (confira no vídeo abaixo), uma das melhores do álbum, é uma divertida crônica sobre os contrastes de uma das vias mais movimentadas do ABC paulista, e tem um dos versos mais bem sacados do disco “Me esgoto com esse cheiro de esgoto/ Na pista overdose de concreto/ e liga com asfalto o ABC ao resto do alfabeto”.
Vale destacar também as ótimas Antes tarde e Obama ama obá, quetrazem à tona a baianidade intrínseca na identidade musical da banda, mantendo o alto astral e evidenciando toda a versatilidade dos rapazes, que parecem não reconhecer as fronteiras entre o rock e a MPB, qualidade que herdaram de seus ídolos tropicalistas.
Apesar de ter apenas 8 faixas, mais uma vinheta de encerramento, a combinação de três elementos fundamentais, como criatividade, talento e bom humor, desde já, faz deste álbum um forte nome a figurar nas listas de melhores lançamentos do ano (ao menos neste blog já tem lugar garantido!).
Além do CD de inéditas, o Box de Pare! Olhe! Escute! traz ainda um DVD com registros da banda ao vivo, em apresentações no II Festival da cultura industrial (2010) e na Virada Paulista (2011).
E você pode conferir tudo isso ao vivo, no show de lançamento que vai rolar dia 29/07, no Teatro Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo, com participações especiais de Edvaldo Santana e Claudinho Brasil.
Quer assistir este show na faixa? Então deixe uma mensagem nos comentários deste post até 25/07, dizendo por que você quer ir. Não esqueça de deixar seu nome completo e e-mail para contato. O autor da frase mais criativa vai levar um par de ingressos.
De tempos em tempos o rock tenta trazer de volta a simplicidade e a diversão que tinha quando surgiu, em meados dos anos 50. Foi assim quando o Punk apareceu nos anos 70, como uma resposta à onda Progressiva que estava deixando o rock muito complicado e chato. Nos anos 90 aconteceu algo semelhante com o Grunge.
Já nos anos 2000, o White Stripes veio mostrar que era possível fazer um som visceral em formato de duo, utilizando apenas guitarra e bateria para destilar doses cavalares de garage rock, blues, e punk, abrindo caminho para outras bandas se firmarem neste mesmo tipo de terreno, como The Black Keys, Blood Red Shoes, The Kills, entre outros.
A dupla sergipana The Baggios, formada por Julio Andrade (Guitarra e Voz) e Gabriel Carvalho (Bateria), reza nesta mesma cartilha, onde menos equivale a mais, fazendo um som altamente energético, com riffs arrebatadores e composições que cativam o ouvinte logo na primeira audição.
Depois de um EP e uma porção de singles virtuais, eles chegam a seu primeiro álbum de estúdio, recém lançado pelo selo Vigilante (Deckdisc), onde rapazes utilizam toda crueza e simplicidade a serviço de um blues rock com texturas garageiras, desprovido de firulas e modernidades tecnológicas.
Logo na faixa de abertura O azar me consome (ouça no player abaixo) a dupla já deixa claro seu poder de fogo. Outros petardos são descarregados, um após o outro, sem que a banda perca o fôlego.
São 14 faixas que exalam boas referências, de Jimi Hendrix a Rolling Stones, porém soando de maneira bem distinta, como se eles apenas tivessem utilizado a mesma matéria prima para construir uma coisa diferente.Um exemplo disso é o vocal de Julio, que em certas músicas chega a remeter a Raul Seixas, mas de um jeito como nunca ouvimos o roqueiro baiano cantar, sobre uma base instrumental mais pesada e abrasiva. Em Pare e Repare isso fica bem evidente.
Algumas participações adicionam mais sustância ao álbum. Hélio Flanders (Vanguart) canta em Morro da Saudade; Léo Airplane (Plástico Lunar) toca órgão em quatro faixas, enquanto Mário Augusto e André Lima tocam Sax e Trompete, respectivamente, em Quanto mais eu rezo e Candango’s Bar.
Um belo trabalho de estreia, que aponta para um futuro bastante promissor para a banda, que juntamente com o Plástico Lunar, incluíram definitivamente o Estado de Sergipe no mapa do atual cenário do rock brasileiro.
Aprecie o aperitivo de I'm with you, novo disco do RHCP
Enquanto o novo do Red Hot não sai, vai curtindo aí a nova música de trabalho dos caras, que vão tocar em São Paulo no 21 de setembro, na Arena Anhembi, na turnê Sul-americana de "I'm with you", previsto para ser lançado em 30 de agosto. The adventures of rain dance Maggie é o título da faixa liberada e tem aquela pegada dançante e pop, característca dos últimos discos dos Peppers.
Pelo menos nesta música a banda parece não ter perdido sua integridade.
Public Enemy é uma das principais atrações do dia 23/07
O Miscelânea Pop vai premiar mais um par de ingressos para o Festival Black na Cena, desta vez é para o dia 23/07, em que o Public Enemy será o headliner do evento.
Para concorrer responda nos comentários deste post a seguinte pergunta: "Se você fosse um astro do Rap, quais seriam suas exigências para tocar em um Festival? ".
O autor da frase mais criativa vai levar 2 ingressos para curtir os shows com um acompanhante de sua escolha.
Mas atenção, serão consideradas apenas as respostas postadas até o dia 11/07. Então use a sua imaginação e boa sorte!
Importante! Não esqueça de colocar seu nome completo e o e-mail para contato.
O resultado será anunciado em nosso perfil do Facebook e Twitter, no dia 12/07.
Confira abaixo os artistas que irão se apresentar neste dia:
Public Enemy
Lee Scratch Perry (convida Mad Professor e Roto Roots)
Pato Banton
Jorje Bem Jor
Carlinhos Brown e Olodum
Xis (participação Marcelo Mira)
Black Rio e convidados (Slim Rimografia, Criolo e Negra Li)
O mestre do Funk George Clinton vai se apresentar dia 22/07
Quer ir ao Festival Black na Cena, para assistir de graça os shows que vão rolar no dia 22/07?
Então responda nos comentários deste post"O que você seria capaz de fazer para ir no Festival na faixa".
O Miscelânea Pop vai dar um par de ingressos para o autor da frase mais criativa.
Mas atenção, serão consideradas apenas as respostas postadas até o dia 11/07. Então use a sua imaginação e boa sorte!
Importante! Não esqueça de colocar seu nome completo e o e-mail para contato.
O resultado será anunciado em nosso perfil do Facebook e Twitter, no dia 12/07.
Confira abaixo os artistas que irão se apresentar neste dia: