
Confesso que nunca fui muito fã do Belchior...
Já conhecia algumas canções dele, como "Velha roupa colorida", "Como nossos pais", ambas interpretadas maravilhosamente por Elis Regina, mas era o timbre de voz dele que eu não conseguia digerir bem.
Há pouco tempo, passei férias no Ceará e um amigo colocou um CD do Belchior para rolar em seu carro, enquanto rodávamos na estrada, a caminho de alguma praia numa tarde ensolarada.
Comecei a ouvir as músicas com mais atenção, e assim descobri o quanto ele é genial, um grande compositor de sua geração.
Logo depois, num show que a banda acreana Los Porongas fez recentemente e tocou uma versão sensacional da música "Na hora do almoço", fazendo com que aumentasse a minha admiração pelo grande Belchior.
Logo eu, que sempre sacaneava o cara, tentando imitar seu timbre de voz cantando "Medo de avião", na mais pura galhofa, acabei tendo de admitir que por trás daquele Bigodão indefectível, se esconde um compositor talentoso.
E agora, com essa notícia de que ninguém sabe do paradeiro dele, que está sumido há mais de um ano, fato que ganhou até reportagem no sensacionalista Fantástico.
E como o povo brasileiro é rápido na piada, basta morrer alguma celebridade e alguém já aparece com alguma. E na onda do sumiço do cantor cearense, já lançaram esse jogo, nos moldes de "Onde está o Wally?".
É só clicar na imagem para ampliá-la e tente encontrá-lo no meio da muvuca.
Eu ,sou o amigo que colocou o cd de Belchior . Estamos todos no Ceará muito preocupados com esse sumiço deste artista pleno do nosso estado.Me orgulha muito saber que no Ceará podemos abrir a boca e dizer que temos um compositor de letras pensadas,que podem ser estudadas em qualquer universidade. Abomino essas letras inúteis e burras que se usa em muitas musicas hoje em dia. Estamos com muitas saudades de sua presença nos palcos Belchior ,volte logo.
ResponderExcluirParabéns pelo texto e pela lembrança desse grande artista.
E a Globo foi achar o Belchior lá no Uruguai!!!
ResponderExcluirAgora, cá para nós...Se ele estava querendo mesmo se esconder, bastava ele raspar o bigode que ninguém no mundo seria capaz de reconhecê-lo.