segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Porcas Borboletas "A passeio" pelo mundo virtual


A passeio” é o nome do segundo disco da banda Porcas Borboletas, lançado pelo selo virtual CompactoRec, e está disponível para download gratuito.
Se o disco de estréia “Um carinho com os dentes” (2005) foi bastante elogiado pela crítica especializada e impulsionou a banda a participar dos principais festivais de música independente do país, deixou uma dúvida: O que eles poderiam aprontar para se superarem na famosa prova do segundo disco?
Parece que esse sexteto mineiro de Uberlândia não se deixou intimidar pelo grande desafio e produziu outro trabalho bem versátil, transitando livremente entre o Rock nacional oitentista e a MPB, evidenciando sua sintonia com o movimento cultural que ficou conhecido como “Vanguarda paulistana”.
Com muita personalidade, mesclam referências tão díspares, que remetem aos primórdios dos Titãs, recriam climas tensos e urgentes da Patife Band, emulam o mestre Itamar Assumpção e conseguem soar como um Chico Buarque nefasto.
Aliás, a versatilidade da banda não se limita apenas ao território da música, mas também na literatura, poesia e teatro. Quem já teve a oportunidade de conferir uma apresentação ao vivo deles, sabe bem a baderna cultural que eles promovem no palco, em performances eletrizantes e cômicas.
E nestas incursões pelo mundo das artes, eles tiveram a oportunidade de conseguir participações especiais no disco, como da escritora Clarah Averbuck, que escreveu a letra de “Menos” e o livro que deu origem ao longa metragem “Nome próprio”, dirigido por Murilo Sales, premiado como melhor filme no festival de cinema de Gramado, tendo como trilha sonora a música homônima composta pela banda.
Arrigo Barnabé faz a voz de um cafetão filhinho de papai em “Super Herói Playboy”, que ainda traz Júnio Barreto no vocal e a atriz Leandra Leal interpretando uma prostituta.
Para apurar o caldo sonoro, Simone Sou faz a percussão em algumas faixas, Bocato toca seu trombone em “Estrela decadente” e Paulo Barnabé (Patife Band) toca piano elétrico em “O Rato”.
Mas as canções mais marcantes do álbum são as MPBísticas Tem gente”, “Beijo Menta” , “Sinto muito” e a faixa título, que reserva uma bela poesia sobre uma base instrumental etérea, num raro momento contemplativo da banda.
Ora soando debochados, ora surpreendendo com o lirismo de suas letras, o Porcas Borboletas se mostra uma banda diferenciada, com um trabalho bem consistente, que pode desagradar aos puristas do Rock ou da MPB, mas certamente vai agradar em cheio quem aprecia uma boa música e não pauta seu gosto por estilos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Por onde andará Belchior?


Confesso que nunca fui muito fã do Belchior...
Já conhecia algumas canções dele, como "Velha roupa colorida", "Como nossos pais", ambas interpretadas maravilhosamente por Elis Regina, mas era o timbre de voz dele que eu não conseguia digerir bem.
Há pouco tempo, passei férias no Ceará e um amigo colocou um CD do Belchior para rolar em seu carro, enquanto rodávamos na estrada, a caminho de alguma praia numa tarde ensolarada.
Comecei a ouvir as músicas com mais atenção, e assim descobri o quanto ele é genial, um grande compositor de sua geração.
Logo depois, num show que a banda acreana Los Porongas fez recentemente e tocou uma versão sensacional da música "Na hora do almoço", fazendo com que aumentasse a minha admiração pelo grande Belchior.
Logo eu, que sempre sacaneava o cara, tentando imitar seu timbre de voz cantando "Medo de avião", na mais pura galhofa, acabei tendo de admitir que por trás daquele Bigodão indefectível, se esconde um compositor talentoso.
E agora, com essa notícia de que ninguém sabe do paradeiro dele, que está sumido há mais de um ano, fato que ganhou até reportagem no sensacionalista Fantástico.
E como o povo brasileiro é rápido na piada, basta morrer alguma celebridade e alguém já aparece com alguma. E na onda do sumiço do cantor cearense, já lançaram esse jogo, nos moldes de "Onde está o Wally?".
É só clicar na imagem para ampliá-la e tente encontrá-lo no meio da muvuca.

Prévia da Coletânea ABC do Som com Os Maccacos


A primeira coletânea de três do Projeto ABC do Som, idealizado pelo Cidadão do Mundo Arte e Cultura de São Caetano do Sul, tem lançamento previsto para o próximo mês e será dedicada ao gênero Rock.
Com patrocínio da Petrobrás, a coletânea será lançada em CD e contará com 12 músicas de bandas da região do ABC Paulista, todas gravadas e mixadas no Estúdio do Cidadão do Mundo e que em breve poderão ser baixadas gratuitamente no site www.cidadaodomundo.org.br
Na sequência, serão lançadas as outras duas coletâneas previstas no projeto, sendo uma de MPB/Outros Grooves e a outra de Música Instrumental.
Deixo aqui um pequeno aperitivo, da coletânea Rock, com uma das bandas mais talentosas do ABC na atualidade, Os Maccacos, com a inédita Azul Profundo.
Aguardem, que vem mais coisa boa por aí...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Alice no país das maravilhas por Tim Burton



Como todo mundo já deve estar sabendo, em março de 2010 vai estrear o remake de Tim Burton para o clássico de Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas.
E quando entrar em cartaz, provavelmente vai atrair milhões de pessoas aos cinemas, pois é uma produção da Disney, filmada com tecnologia 3D IMax e ainda traz o astro Johnny Depp no papel do Chapeleiro Maluco, Helena Bonham Carter como a Rainha de Copas, Anne Hathaway como a Rainha Branca, e Mia Wasikowska como a protagonista.
Com uma história tão psicodélica como esta, aliada à direção magnífica do grande Tim Burton, que caprichou nos efeitos visuais, como podemos conferir neste trailer, ainda utilizando o recurso mais avançado em 3D, os cinéfilos devem ser absorvidos na trama, numa experiência que beira a lisergia.
A ansiedade para assistir logo essa produção é grande. Que 2010 chegue rápido!!!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Primal Scream confirmado no Planeta Terra


Agora embolou o meio de campo...
Primal Scream confirmado no Planeta Terra, que vai acontecer no Playcenter, em 07 de novembro, no mesmíssimo dia do Maquinaria Festival.
E agora? Faith No More e Jane's Addiction ou Green Day e Primal Scream?
O Preço do Terra está mais aprazível, R$ 140,00 (inteira), saindo por 70 paus a meiota.
Vários fatores podem influenciar na decisão. A localização é um deles. O Maquinaria vai ser na chácara do Jóquei, em Taboão da Serra, local de difícil acesso, estacionamento caro e muito mal conservado, com poças d'água na pista e aglomeração de pessoas na entrada e saída do show, fato que foi muito criticado no show do Radiohead (Just a fest). Isso com certeza vai pesar na escolha do público.
By the way, considerando apenas as atrações, ainda assim eu escolheria o Maquinaria. Mas o valor do ingresso mais salgado e o local desconfortável podem me fazer mudar de idéia.
Até porque o Planeta Terra ainda deve anunciar outras bandas em breve. E ainda pode causar nova reviravolta nessa Guerra (saudável) entre os festivais de rock.
Que tal no próximo ano os organizadores de ambos os festivais se sentarem para acertar que as datas não coincidam novamente, hein???

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Show do Jane's Addiction confirmado em SP


É motivo de comemoração saber que finalmente o Jane's Addiction confirmou presença no Festival Maquinaria, que vai acontecer em 07 de novembro, na chácara do Jóquei.
O Festival, que já tinha anunciado o Faith no More, agora soltou que também tem a banda Deftones confirmada.
Mas a minha expectativa é grande em relação ao espetáculo da banda de Perry Farrell, que deixou pelo menos 2 discos sensacionais: Nothings Shocking (1988) e Ritual de lo Habitual (1990). Depois, entre idas e vindas, tiveram outros discos, mas não conseguiram repetir o êxito destas duas obras primas.
Músicas do calibre de "Been caught stealing", "Stop" e "Jane says" marcaram época e o Jane's Addiction certamente foi uma das maiores bandas dos Estados Unidos nos anos 90, junto com o Red Hot Chilli Pepers e o Faith no More.
Ah, uma informação importante: O ingresso vai custar R$ 200,00 (Pista - inteira) e R$ 450,00 (área vip).
Vamos economizando desde já, porque esse festival promete.
E o Planeta Terra? Até agora só tem o Green Day confirmado entre as atrações internacionais e parece mesmo que os dois festivais vão acontecer no mesmo dia.
A minha escolha, por enquanto está com o Maquinaria. A não ser que a organização do Terra apareça com alguma reviravolta muito surpreendente para me fazer mudar de idéia.
O que eu duvido muito...

PS: Depois de postar esse texto, soube que o Green Day não tinha confirmado sua vinda ao Planeta Terra.

Informações: http://www.maquinariafestival.com/
Pontos de venda: http://201.77.198.54/ingressorapido.com.br/pontosvenda.aspx?UF=SP

terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Anti-Hype de Frank Jorge


O Rock atual está ficando mesmo meio enfadonho...Difícil ouvir uma banda nova e achar algo realmente interessante, exalando novidade e que não pareça cópia descarada de algo melhor já feito antes.
Não tenho aversão ao novo, muito pelo contrário, procuro sempre descobrir coisas novas que me surpreendam, mas admito que ultimamente está uma dureza...
Neste panorama, me identifiquei bastante com o novo disco de Frank Jorge, Volume 3, que expressa bem esse sentimento, em versos como "...Elvis na fase decadente é bem melhor que muita gente".
Frank é um veterano do rock gaúcho, já tocou com bandas antológicas como Os Cascaveletes e Graforréia Xilarmônica, lançou dois álbuns sensacionais em carreira solo, Carteira Nacional de Apaixonado (2000) e Vida de Verdade (2003), apesar de não ter feito muito sucesso, como alguns de seus conterrâneos.
Em seu novo trabalho ele mostra aquilo que sabe fazer melhor: Um Rock deliciosamente nostálgico, com raízes nos anos 60, reciclando a Jovem Guarda, se arrisca em algumas baladinhas românticas e chega até a reverenciar o Brega, com letras altamente irônicas.
Vale conferir mais esse lançamento, que mantém o mesmo padrão de qualidade de seus antecessores.
Se você estiver atrás do último hype, dessas bandas modernosas que não sobrevivem ao segundo disco, passe longe. Mas se quiser ouvir um trabalho honesto, divertido e sem maiores pretensões, Frank Jorge tem a fórmula.