sexta-feira, 11 de março de 2011

Campanha por um rock mais sujo e divertido apresenta: Jim Jones Revue


O Miscelânea Pop aderiu à campanha lançada por Cláudio Cox (do site Pastilhas Coloridas e do Programa de web radio O Som da Kombi 73), em prol de um rock mais sujo e divertido.
E para começar, fizemos uma resenha do novo álbum da ensandecida banda Jim Jones Revue. Divirta-se!

Muito saudável esta volta às origens promovida pela banda inglesa Jim Jones Revue.
Jim Jones já era uma figura conhecida no circuito underground desde os anos 90, quando foi o frontman de bandas como Thee Hypnotics e Black Moses.
Agora ele está de volta com seu mais recente álbum, Burning your house down, lançado no final do ano passado sem muito alarde (injustamente) trazendo de volta toda a energia dos primórdios do rock, tendo como principais influências o mestre Little Richard no vocal selvagem de Jim Jones, a garageira dos Sonics elevada ao quadrado e a subversiva mistura de Blues com o Punk, via Jon Spencer & Blues Explosion.
Isso é apenas um briefing para você se preparar antes de provar este coquetel explosivo, capaz de supreender um ouvinte desavisado, por causa da intensidade com que a banda começa a tocar logo na primeira faixa “Dishonest John”, que começa com uma batida primal e segue com guitarras frenéticas e um piano martelado à la Jerry Lee Lewis tentando abrir espaço à força, em meio à orgia roqueira que se forma logo na abertura do álbum (confira no vídeo abaixo).

O impacto inicial continua nas faixas seguintes, as incendiárias “High horse”, “Foghorn” e “Big len”, que flertam com o boogie-woogie, blues-rock-garageiro, mas todas tocadas na maior pauleira, com aquela agressividade característica do Punk.
Em “Premeditated”, Jim Jones evoca o espírito Glam-Hard Rock de bandas como Slade e Status-Quo, certamente um dos pontos altos do disco.
Aí vem a faixa título, que oferece ao ouvinte uma pausa para respirar, com sua introdução bluseira que remete à John Lee Hooker, mas que aos poucos vai se encorpando e transmite aquela dramaticidade encharcada de alcool, tipica do blues.
São 11 faixas que não trazem modernidade alguma à música , não vai revolucionar nada, mas que revitalizam este gênero tão combalido que o rock está se tornando.
Um chute no saco do marasmo e uma injeção de ânimo direto na veia dos fãs do autêntico rock’n’roll.

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