quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os melhores lançamentos internacionais de 2011

É, caros amigos do Miscelânea Pop, o ano está acabando e é tempo de fazer listas. Como já é tradicional neste blog, preparamos uma lista dos principais lançamentos deste ano.
Vamos começar com os melhores álbuns internacionais de 2011, sem ordem de preferência, pois todos os álbuns que estão aqui, em algum momento foi o mais ouvido pelo autor destas linhas.
É óbvio que esta lista não pretende ser absoluta, afinal de contas não foi possível ouvir tudo o que foi lançado no ano, apesar de ter me esforçado bastante...
Então vamos logo ao que interessa:

- The Pains of being pure at heart - Belong
O grupo americano com a sonoridade mais britânica da atualidade, não decepcionou em seu segundo álbum. Muito pelo contrário, fez um belo trabalho que traz de volta aquele som característico do início dos anos 90, fazendo um shoegazer caprichado e belas melodias que também revisitam o britpop daquela época.


- PJ Harvey - Let England shake
A musa do rock alternativo é presença certa em quase todas as listas de melhores do ano dos sites e blogs especializados em música independente. Um álbum maduro, carregado de sensibilidade, que coloca PJ Harvey em outro patamar no atual cenário musical internacional, distanciando-se cada vez mais daquela artista restrita ao público mais underground que era no início de sua carreira.



- Beastie Boys - Hot sauce Committee part. two
Estranhamente, este disco não está sendo citado nas listas, talvez por esquecimento ou então porque não teve a repercussão merecida...O que é uma tremenda injustiça, pois o trio novaiorquino voltou com força total, promovendo uma agradável celebração ao Hip Hop, daquele jeito divertido e irresistivelmente anárquico, como somente eles sabem fazer.


- Stephen Malmus & The Jicks - Mirror traffic
O ex-líder do Pavement lança mais um disco em carreira solo, acompanhado pela banda The Jicks, com produção de Beck. E fez um trabalho digno de sua ex-banda, com canções altamente inspiradas, guitarras cortantes, para não deixar dúvida alguma que seu talento como músico e compositor ainda se mantém intacto.


- The London Souls - The London souls
Em seu álbum de estreia, este power trio novaiorquino mostra a que veio, trilhando o caminho do clássico Hard Rock setentista, mas sem abdicar de outros gêneros, como o Folk, a Psicodelia e uma pitada de Soul. Um dos melhores debut em muito tempo, que deve agradar em cheio os fãs de bandas como Black Crowes e Wolfmother.


- Miles Kane - Colour of the trap
O músico Inglês, ex-líder do The Rascals, e parceiro de Alex Turner (Arctic Monkeys) no projeto The Last Shadow Puppets, se lançou em carreira solo, que rendeu um ótimo disco, cheio de influências do Glam Rock, lembrando T. Rex em vários momentos, mas que também bebe na fonte do Britpop, resgatando aquela grandeza do rock inglês, perdida há muito tempo.


- Kasabian - Velociraptor
No quarto álbum, o Kasabian acerta ao saber dosar, como poucas bandas da atualidade, um rock vigoroso que flerta com a cena Madchester, apropriando-se de referências como Happy Mondays e The Stone Roses, com alguns efeitos eletrônicos que remetem ao Primal Scream, porém tudo muito bem diluído, imprimindo sua marca registrada. Um discaço!




- Danger Mouse & Daniele Luppi - Rome
O badalado produtor Danger Mouse faz uma disco ousado, no qual ele se inspira em trilhas sonoras de Faroeste Italiano dos anos 60, reverenciando o mestre Ennio Morricone, com a parceria do músico italiano Daniele Luppi, além das participações especialíssimas de Jack White e Norah Jones em algumas faixas. Uma jóia de rara beleza, que evoca as paisagens áridas do velho oeste americano, cenários desoladores, e um clima fantasmagórico e com toques de sensualidade.
 
- Arctic Monkeys - Suck it and see
Depois de da guinada que a banda deu em Humbug, seu álbum anterior, dividindo opiniões ao apostar em uma sonoridade mais tradicional, destilando doses de Hard Rock, psicodelia, agora eles voltam com um álbum mais diferente ainda dos anteriores, mas que evidencia toda a versatilidade da banda, indo do rock rasgado de Brick by brick, à balada quase romântica como Reckless serenade.O resultado deve ter conquistado um séquito de novos fãs e surpreendendo aos fãs da primeira fase.


- The Black Keys - El Camino
Lançado há poucas semanas, este 7º álbum da banda norte-americana The Black Keys já conquistou seu lugar em várias listas de melhores do ano. Merecidamente, já que a banda investiu em uma produção mais requintada, deixando para trás aquele som mais garageiro e cru dos primeiros (e excelentes) discos. Mas a essência continua lá, em rocks alucinantes, em blues texanao à la ZZ Top e pitadas de R & B. Vale destacar a ótima Lonely Boy, e Little black submarines, um pequeno épico, que já está sendo considerada o Stairway to heaven do século XXI.



- Black Joe Lewis & The Honeybears - Scandalous
Segundo álbum desta banda Texana, que faz um som altamente empolgante, utilizando vários elementos da música negra sulista norte-americana, como o Soul, blues, Gospel e o Rock, tudo muito bem dosado, obtendo um resultado que deve agradar tanto aos fãs de John Lee Hooker, quanto aos de Wilson Picket e Sly & the Family Stone. Embora não façam nada de novo, eles fazem com muita competência e conhecimento de causa. Suas apresentações explosivas em festivais como o SXSW, não deixa dúvidas sobre o poder de fogo deles.


- Foo Fighters - Wasting Light
Dave Ghrol e seus pupilos voltaram com um disco fodaço, com uma sucessão de ótimas músicas, desde a faixa de abertura até a de encerramento. Um disco que equilibra peso e melodia, na mesma medida, em canções que tem tudo para se juntar aos maiores clássicos deles, colocando-os no patamar das melhores bandas da atualidade. Sem dúvida alguma, um dos melhores lançamentos de 2011, e disparado o disco mais ouvido neste ano por este que vos escreve.




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