A cultuada banda alagoana Mopho, que resgatou a psicodelia dos anos 60 em pleno ano 2000, quando debutou em disco pelo selo Baratos Afins, lançou recentemente seu terceiro registro de estúdio, intitulado Vol. 3, pela Pisces Records.
Diferentemente do álbum anterior Sine Diabolo Nullus Deus (2004), gravado com apenas dois intregrantes da banda, aqui o Mopho retorna no formato de quarteto, com João Paulo na guitarra, Júnior Bocão no baixo, Hélio Pisca na bateria e o novo tecladista Dinho Zampier.
O que diferencia este disco dos anteriores é a produção que deixou o som da banda mais límpido, fazendo com que cada instrumento e a voz sejam reproduzidos de maneira mais cristalina, com o devido cuidado para que nada soe pasteurizado. E o resultado final deve agradar bastante os velhos fãs.
As letras, que até então faziam o gênero romântico-viajandão, aqui estão mais inclinadas para questões existenciais, filosóficas e uma boa dose de surrealismo.
Além da psicodelia inspirada em Beatles e Mutantes, que sempre esteve presente na música do Mopho, agora eles acrescentam uma dose de Pink Floyd na receita e fazem ousadas incursões no Space rock e no rock progressivo, trazendo novas tonalidades ao seu mosaico multicolorido.
O álbum conta com participações especiais de músicos consagrados, como Luiz Carlini (ex-Tutti-Frutti) que toca uma bela guitarra Lap Steel em A Malvada, Wado empresta a voz em Quanto vale um pensamento seu, Marco Túlio Souza toca violão 12 cordas em Caleidoscópio e Billy Magno toca clarinete e piano em Prelúdio.
A arte do encarte feita por Paulo Blob acrescenta ainda mais beleza ao trabalho, com cenários deslumbrantes e figuras que remetem aos quadrinhos do Sandman. Mais uma vez o Mopho acerta, gravando outra preciosidade que merece ser ouvida com atenção, por todos que apreciam belas melodias, embebidas em fontes lisérgicas .Ouça abaixo a faixa "O infinito" e boa viagem!
gosto demais do mopho!
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