Pharmaco Dinâmico é o álbum de estreia da banda recifense AMP, lançado em 2009 pela Monstro Discos, que para quem não conhece, é uma gravadora de Goiânia, cidade que vem sendo chamada de a “Seattle brasileira”, sendo assim, ela seria uma espécie de Sub Pop tupiniquim.
Em seu cast, tem o supra-sumo do que há de melhor no atual rock independente nacional, como The Dead Rocks, Walverdes, MQN, Macaco Bong, Black Drawing Chalks, entre outros ótimos grupos.
O fato é que este álbum do Amp é ideal para quem está a procura de um som mais visceral. Eles fazem um rock direto e honesto, em músicas que exalam transpiração, através do som grave e distorcido do baixo, dos riffs certeiros de guitarra e da quebradeira precisa da bateria.
Em sua formação, a banda traz músicos experientes, já bem conhecidos na atual cena roqueira de Recife, com os ex-integrantes dos Astronautas Djalma (guitarra) e Dudu (baixo), com Capivara (guitarra) e Crika (bateria) completando o quarteto.
Quem ouvir pela primeira vez, terá a impressão de estar escutando alguma banda gringa, graças à produção esmerada de Iuri Freiberger (Tom Bloch), que soube captar toda a energia da banda e fazer com que as músicas soassem de maneira intensa, preservando a identidade musical deles, mas sem que o resultado final parecesse uma gravação ao vivo em estúdio.
A sonoridade remete às melhores bandas de Stoner Rock, como Fu Manchu, Kyuss e principalmente Queens of the Stone Age. Mas estes pernambucanos não se limitam somente a este sub-gênero do rock. Em Billy, a banda soa como um Kings of Leon dos primórdios, porém com muito mais testosterona.
Ainda é possível identificar outras referências como um Foo Fighters aqui e um Helmet acolá, completando os ingredientes deste caldeirão sonoro, que deve agradar os ouvidos mais experimentados e exigentes, seja nas faixas cantadas em inglês ou em bom português. Mas é um álbum para ser ouvido sem moderação, no volume máximo, assim como todo bom disco de rock pesado.
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