Há tempos este blog não produz uma resenha sobre um disco nacional de rock, em sua mais pura essência. Os últimos textos foram para comentar bandas que até utilizavam o rock como um dos elementos na construção de sua sonoridade, mas que também experimentavam outros gêneros, como a soul-music, a MPB, tropicalismo e o Pop.
Somente agora fui me dar conta que os bons lançamentos de bandas que sejam autenticamente roqueiras, estão cada vez mais raros, pelo menos para o meu gosto.
Nestes tempos de vacas magras no rock nacional, o novo álbum da banda gaúcha Walverdes é mais do que benvindo.
Na ativa desde meados dos anos 90, a banda chega a seu 5º disco, cheia de gás e com energia de banda estreante.
Na ativa desde meados dos anos 90, a banda chega a seu 5º disco, cheia de gás e com energia de banda estreante.
Mas não se deixe enganar pelo título. Breakdance é um disco que traz toda a crueza do Garage Rock, a energia do Grunge, riffs com acento Stoner Rock, e a pegada urgente do Punk, distribuidos em 9 faixas e pouco mais de 20 minutos, suficientes para dar uma revigorada no atual cenário rocker brazuca.
Canções com duração de 2 a 3 minutos, refrões curtos e muitas vezes gritados, fazem deste álbum um discaço para quem curte um som direto, pesado, mas executado com muita qualidade, sem descambar para a barulheira sem sentido.
Difícil é destacar uma ou outra faixa, todas são excelentes, desde a música de abertura “Função” que serve como um cartão de visitas, mostrando todo o poder de fogo do trio, com poderosos riffs de guitarras sobrepostas e uma cozinha eficiente, até “Unidade”, que fecha o álbum com classe.
Altamente recomendado para quem curte Mudhoney, Queens of the Stone Age, The Hives e todas as bandas que fizeram a alegria da turma do bate-cabeça nas últimas décadas.
Ouça no player abaixo "Tempos interessantes" e confira a descarga de adrenalina que a banda é capaz de liberar.
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