sábado, 26 de fevereiro de 2011

Breakdance - Novo do Walverdes é pura energia em alta tensão

Há tempos este blog não produz uma resenha sobre um disco nacional de rock, em sua mais pura essência. Os últimos textos foram para comentar bandas que até utilizavam o rock como um dos elementos na construção de sua sonoridade, mas que também experimentavam outros gêneros, como a soul-music, a MPB, tropicalismo e o Pop.
Somente agora fui me dar conta que os bons lançamentos de bandas que sejam autenticamente roqueiras, estão cada vez mais raros, pelo menos para o meu gosto.
Nestes tempos de vacas magras no rock nacional, o novo álbum da banda gaúcha Walverdes é mais do que benvindo.  
Na ativa desde meados dos anos 90, a banda chega a seu 5º disco, cheia de gás e com energia de banda estreante.
Mas não se deixe enganar pelo título. Breakdance é um disco que traz toda a crueza do Garage Rock, a energia do Grunge, riffs com acento Stoner Rock, e a pegada urgente do Punk, distribuidos em 9 faixas e pouco mais de 20 minutos, suficientes para dar uma revigorada no atual cenário rocker brazuca.
Canções com duração de 2 a 3 minutos, refrões curtos e muitas vezes gritados, fazem deste álbum um discaço para quem curte um som direto, pesado, mas executado com muita qualidade, sem descambar para a barulheira sem sentido.
Difícil é destacar uma ou outra faixa, todas são excelentes, desde a música de abertura “Função” que serve como um cartão de visitas, mostrando todo o poder de fogo do trio, com poderosos riffs de guitarras sobrepostas e uma cozinha eficiente, até “Unidade”, que fecha o álbum com classe.
Altamente recomendado para quem curte Mudhoney, Queens of the Stone Age, The Hives e todas as bandas que fizeram a alegria da turma do bate-cabeça nas últimas décadas.
Ouça no player abaixo "Tempos interessantes" e confira a descarga de adrenalina que a banda é capaz de liberar.

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