Vamos a mais uma lista de melhores álbuns de
2012, mesmo que com algum atraso na publicação, afinal era preciso ouvir melhor
e digerir tantos bons lançamentos que marcaram o ano passado. Muitos bons discos de medalhões, vão ficar de fora, porque apesar de mostrarem bandas
veteranas em grande forma, talvez não sejam álbuns tão significativos na
discografia deles. Ainda assim, merecem uma menção honrosa aqui os lançamentos destes monstros
sagrados do rock: Van Halen, Kiss,
Lynyrd Skynyrd, ZZ Top, Neil Young, Bob Mould e Soundgarden.
Howler – America Give
Up
No quesito revelação, os americanos do Howler foi o grupo de rock que mais impressionou, com um ótimo álbum de estreia, fazendo um rock vigoroso, garageiro, em que vão da
mais completa animação, a momentos mais raivosos, com uma sonoridade que remete
bastante aos Strokes de Is this it. Bom da primeira até a última faixa, é
daqueles álbuns viciantes de se ouvir.
Alabama Shakes – Boys
& Girls
Outra grande revelação do ano, que pode desde já ser considerado um
dos grupos mais promissores da atual música sulista norte-americana, mesclando
Rock e Rythm & Blues. A voz marcante de Brittanty Howard parece seguir a cartilha de grandes intérpretes,
como Aretha Franklin e Janis Joplin
e é o grande trunfo da banda, que se consagrou com um belo debut, elogiadíssimo
pelas maiores publicações musicais do mundo.
Jack White –
Blunderbuss
O inquieto Jack White finalmente resolveu se lançar em
carreira solo e o resultado não poderia ser melhor. Sua estreia em Blunderbuss só veio reafirmar sua
condição de artista extremamente talentoso, seja como guitarrista, compositor
ou cantor. Canções mais elaboradas dividem espaço com o rock energético que
sempre foi sua marca registrada.
Lee Ranaldo – Between the times and the tides
Com o fim do Sonic Youth, Lee Ranaldo conseguiu um feito que
surpreendeu a muitos fãs de sua extinta banda: Lançou um excelente álbum solo,
evidenciando toda sua criatividade e habilidade para compor verdadeiras pérolas
do rock alternativo, privilegiando a melodia e maneirando nas distorções e
ruídos guitarrísticos. O resultado foi um trabalho incrível, com belíssimas canções que não fariam feio em nenhum álbum do SY.
Nitrogods – Nitrogods
Grata surpresa essa banda alemã, que faz um rock’n’roll rápido, direto e pesado, com uma pegada altamente explosiva, que evoca bandas do Hard Rock,
como AC/DC e Status Quo, e é claro, Motörhead, a influência mais perceptível no
som do trio. As letras são todas cantadas em inglês e são perfeitas para
embalar uma noitada etílica. Para ouvir com o volume no talo.
Dinosaur Jr – I bet
on the Sky
A banda liderada por J. Mascis chega ao décimo álbum, mantendo aquela
crueza instrumental e aperfeiçoando suas composições, o que faz com que soem ainda mais intensos do que antes. Não é por acaso que eles são considerados um verdadeiro
patrimônio do rock alternativo, sendo um dos grupos mais influentes de sua
geração, que se recusa a envelhecer e permanecem relevantes mesmo com quase
três décadas de existência.
Tame Impala –
Lonerism
O quarteto australiano que foi incensado pela crítica quando
surgiu com seu álbum de estreia, há dois anos, tinha o duplo desafio de não se
repetir e de fazer um novo trabalho que fosse tão instigante quanto Innerspeak. E então gravaram Lonerism, em que atualizam a psicodelia no rock, tendo como
referência grupos dos anos 60, mas soando extremamente contemporâneos, em
canções multicoloridas, lisérgicas e bem construídas.
The Sheepdogs – The Sheepdogs
Este já é o quarto álbum da banda canadense, mas o primeiro
lançado por uma grande gravadora (Atlantic Records). Produzido por Patrick Carney, batera do Black Keys, o novo registro deve ser um
divisor de águas na carreira do Sheepdogs, devendo catapultá-los ao mainstream,
ainda que tardiamente. A atmosfera Southern Rock permeia todo álbum, que explora tanto o Blues, quanto o Country e o Hard Rock, em canções altamente melodiosas, com refrãos marcantes.
Bad Brains – Into the future
A banda que é uma verdadeira lenda do punk/hardcore americano
lançou mais um grande disco, cinco anos após Build a Nation, mostrando que mesmo após 30 anos de atividades,
continua sendo um dos nomes mais representativos do gênero. Into the future é composto, em sua maioria, por faixas que resgatam
o lado mais pesado da banda, embora permaneçam fazendo várias incursões no Reggae e
Dub, como se não existisse fronteira alguma entre o hardcore e a música
jamaicana.
Danko Jones – Rock’n Roll is Black and Blue
No sexto álbum do Power Trio Canadense, o som direto,
pesado, cheio de riffs poderosos e refrãos do tipo “para cantar todos juntos”,
ganha ainda mais força. Os músicos conseguiram aprimorar ainda mais a sua
receita, que abusa dos clichês do Hard Rock tradicional, sem que pareçam musicalmente datados. Um disco bastante consistente, repleto de canções com
grande potencial para se tornarem novos hits no repertório da banda.