Depois de gravar dois EPs, finalmente o primeiro álbum cheio da banda paulista Garotas Suecas está prestes a ser lançado.
O selo norte-americano American Dust aposta suas fichas no grupo e lançará no dia 07 de setembro o aguardado début deles, intitulado Escaldante banda.
Por aqui, o dito cujo vai ganhar edição em CD e Vinil apenas em 11 de outubro, quando a banda estará de volta de sua segunda turnê pelos States, onde já tem 26 shows agendados, em pequenos bares e clubes e até em um grande Festival (Bumbershoot em Seattle).
Como aperitivo, o álbum já foi disponibilizado para audição no site da NPR, uma rádio pública dos Estados Unidos, que apresentou a banda aos ouvintes assim: "Como artesãos experientes, os Garotas Suecas costuram precisamente diferentes camadas musicais".
São 10 faixas deliciosamente temperadas com o que há de melhor na cozinha musical brasileira dos anos 60 e 70: Tropicalismo, Jovem Guarda, Samba à la Benjor e Funk/Soul inspirados em Tim Maia. Aí nem os gringos resistem à tentação de cair na dança.
Mas não vá pensando que a aura retrô que permeia todo o disco o deixa soando datado. A banda reverencia seus mestres, criando canções que exalam um frescor pop como há tempos não se ouvia no rock nacional.
Impossível destacar uma ou outra música. É para ouvir o disco inteiro na sequência e no final acionar o play novamente.
Nesta quarta-feira, 01 de setembro, estréia o site www.bandagarotassuecas.com.br e tudo vai estar lá, liberado para audição em streaming ou download gratuito de todas as músicas gravadas.
Apesar da arte da capa ser de gosto duvidoso, desde já, Escaldante Banda é um sério candidato a melhor disco nacional do ano.
O My new device é o projeto dos integrantes da banda Sufrágio, com uma proposta mais dançante e toques de música eletrônica, sem abrir mão das guitarras, que sempre estiveram presentes na banda titular.
Para quem não conhece o Sufrágio, aqui vai um breve retrospecto. Formada em São Bernardo do Campo, no ano de 1986, quando as bandas do ABC se dividiam em tribos. Grupos de música Punk, Metal, Oi, Rockabilly, Psychobilly eram predominantes por aqui, mas o Sufrágio não se enquadrava em nenhum destes estilos.
Surgiu na contramão de tudo o que rolava na região, fazendo uma música fortemente influenciada por bandas do rock inglês oitentista, incorporando o peso das guitar bands e posteriormente, assimilaria elementos do britpop.
O Sufrágio tocou mais de 20 anos no circuito underground paulistano, mostrando suas músicas e iriam novamente contrariar as tendências da época, em shows tributos ao Joy Division e Jesus & Mary Chain, quando as casas de shows alternativas tinham predileção por bandas com repertório próprio.
E foi da vontade de experimentar novos elementos em sua música que criaram o projeto My New Device – “A banda surgiu da necessidade de me expressar de outras formas, usar outros sons, outros timbres e beats eletrônicos. A idéia era experimentar um novo conceito, agregando sintetizadores e pré-gravações. O Sufrágio era uma típica guitar band e este novo projeto daria uma cara mais dançante e divertida ao nosso som” – explica Reinaldo Andreatta (guitarra/vocal).
Neste projeto, eles flertam com a sonoridade das bandas de Manchester do comecinho dos anos 90, na qual o Hacienda Club era o principal reduto, revelando importantes grupos como The Stone Roses, Happy Mondays, New Order e muitas outras, que agitaram a cena com seu mix de rock, dance, música eletrônica e toques de psicodelia e botaram a juventude inglesa para dançar, embalados pelo ecstasy, que era a droga do momento.
Outra forte referência na música do My new Device é o Primal Scream, que apesar de ser uma banda escocesa, tem uma grande identificação com aquela sonoridade que ficou conhecida por madchester.
Por aqui, a cena não repercutiu com a mesma intensidade que na Europa, pois a imprensa musical tinha olhos somente para o grunge, que eclodia com força total do outro lado do Atlântico, em Seattle, quase na mesma época.
Andreatta e os músicos da formação inglesa do MND
Sobre a gravação de um álbum, Andreatta revela que já tem um pronto para sair do forno, em fase final de mixagem, que deve ser lançado ainda neste ano, mas que ainda está sendo negociado com um selo, embora prefira manter segredo até o fechamento do contrato.
Uma curiosidade sobre a banda é que ela tem duas formações. Enquanto Andreatta está no Brasil, seus companheiros de Sufrágio, Ronaldo Andreata (batera), Emil Ayres (baixo), Leonardo Bianco (guitarra) e o tecladista Fabio Demartin completam o time. Quando morou na Inglaterra, onde passou o último ano, recrutou os músicos britânicos Nick Dowdeswell (guitarrista) e Mike Vick (baterista), tornando o My New Device uma banda de dupla nacionalidade.
Confira a releitura que eles fizeram de Funziona senza vapore, da cultuada banda paulistana Fellini.
Para quem ainda não assistiu Control, a cinebiografia de Ian Curtis, aqui vai uma ótima dica.
O blog Bandidos do Cine Xangai disponibilizou o filme para ser assistido na íntegra, sem downloads, sem ter de baixar torrents, sem ter de se cadastrar, sem burocracia alguma.
É só acessar, dar play na bagaça e assistir o longa na íntegra.
Tem também um texto que escrevi para fazer uma breve introdução ao filme, que os caras publicaram sem editar nada, está lá do jeitinho que foi escrito, para quem tiver saco de ler antes de ver o filme.
Esta foi a primeira postagem fruto da parceria entre os Bandidos e o Miscelânea. Outros filmes virão posteriormente, sempre relacionados com boa música ou que tenha uma trilha sonora de responsa.
Já fizemos algumas indicações e em breve anunciaremos aqui quando estiver postado lá.
E aguardem novidades, pois a bandidagem tá à solta!!!
Por Deni Roque Kães Vadius comemoram 25 anos de psychobilly no Brasil
Em 1976, Johnny Cash cantou a música "One Piece at a Time" sobre seu “psychobilly cadillac”. A palavra que acabava de ser inventada ecoou e encontrou um significado bastante peculiar do outro lado do Atlântico. Na ilha da rainha, alguns jovens já manifestavam pelas ruas uma mistura que consistia na fúria do recém-nascido punk, a rebeldia do rockabilly e uma estranha fixação por filmes de terror trash. Elvis Presley + Frankenstein + New York Dolls. Johnny Cash + Bela Lugosi + Ramones. As equações são várias, mas o estilo estava definido. O sarcasmo das letras mescladas às notas do baixo acústico, poderiam ser ouvidas em várias partes do mundo e não foi diferente por aqui no nosso continente.
Foi então que em 1985, quatro rapazes do ABC paulista fincaram a bandeira no topo de toda a América Latina e se auto-proclamaram a primeira banda de psychobilly do continente. Aqui, tudo tomou forma própria e identidade única, quando foram adicionados as características dos adolescentes da zona operária mais famosa do país a todos os elementos já citados. O matar tempo no fliperama, as curtições e brigas de bar, o humor negro sobre as questões do dia a dia, as “bad trips” lisérgicas, tudo isso representava nosso sexo,drogas e rock’n’ roll, ambientados em um filme B de terror quando os zumbis apareciam. Os garotos que iam aos shows agora eram os garotos que tocavam nos shows - já ouviu isso antes? - e adotam o nome de Kães Vadius.
Mas isso é história do rock e história do rock é o que, mais uma vez, o Cidadão do Mundo Arte e Cultura está prestes a fazer parte. Dando o pontapé inicial nas comemorações dos 25 anos do KV.
Serão duas apresentações em São Caetano. A data não poderia ser melhor. A festa acontece em agosto, o mês do cachorro louco e tem início na única sexta-feira 13 de 2010. A grande surpresa é a escalação do time. No primeiro dia de show, os mesmos “meninos” que começaram tudo duas décadas e meia atrás - Hulkabilly (voz), George G. (guitarra), Paulo Bide Pow (baixo) e Denis Animal (bateria) - estarão mais uma vez - em oportunidade única - juntos no palco tocando os sucessos dos primeiros discos da banda. Na sexta, a abertura fica por conta das bandas Skizoyds (Santa Izabel/SP) e Degolados.
No segundo dia de festa, é a vez da formação 2010 do Kães: Hulkabilly, Arroz From Hell (guitarra), Felipe INRI (baixo) e Fabio Koveiro (bateria) mostrando que os caninos estão vivos, ativos e mais vadios do que nunca. Quem abre a noite de sábado são as bandas DZK e os curitibanos Ovos Presley.
Os eventos terão várias surpresas, como jam sessions ao vivo, exposição de memorabilia, fotos e vídeos que contam a história do grupo. Quem comprar ingresso para os dois dias, além de um desconto no preço, ainda tem direito a um terceiro show da banda, ainda no sábado (14), no bar American Graffiti, em Mauá (Grande ABC).
Serviço: 25 anos de Kães Vadius
Sexta-feira 13 de agosto - 20h Cidadão do Mundo (Rua Rio Grande do Sul, 73 - São Caetano do Sul/SP) Show: Kães Vadius (formação original), Skizoyds e Degolados Ingressos no local: R$25,00 (dias 13 e 14) R$17,00 (só dia 13) cidadaodomundo09@gmail.com
Sábado 14 de agosto - 20h Cidadão do Mundo (Rua Rio Grande do Sul, 73 - São Caetano do Sul/SP) Show: Kães Vadius (formação atual), Ovos Presley (Curitiba) e DZK Ingressos no local: R$25,00 (dias 13 e 14) R$17,00 (só dia 14) cidadaodomundo09@gmail.com
Sábado 14 de agosto - 1h American Grafitti (Av. Capitão João, 1724b - Mauá/SP) Show: Kães Vadius (formação atual)
Foi publicada uma matéria sobre o Programa Miscelânea Pop no Jornal ABCD Maior, o que é motivo de muito orgulho para nós (Tadeu e Vini), que sempre procuramos fazer o programa despretensiosamente, apenas pelo prazer de falar sobre as coisas que nós gostamos.
Ainda bem que mais gente gostou da idéia e tem nos acompanhado, agradecemos a todo mundo que tem nos dado a maior força.
Outra novidade é que desde a última sexta-feira (06/08/10) o Miscelânea Pop e O Som da Kombi 73, do nosso chapa Claudio Cox, também podem ser ouvidos no site do Jornal ABCD Maior, sendo atualizados sempre às sextas-feiras, numa parceria que nos fará alcançar um novo público e aumentar ainda mais a nossa rede de amigos ouvintes.
Abaixo segue o texto que foi publicado na edição de 06 a 09/08/10.
Por Marina Bastos (ABCDMaior)
Separe um punhado de punk rock, uma pitada de samba, anuncie bons filmes e reserve. Junte dicas de histórias em quadrinhos e livros. Misture tudo e convide uma banda para incrementar. Sua Miscelânea Pop está pronta. A receita é de Marcos Tadeu Alcaide e Vinicius Marchette.
O que antes era um blog de variedades culturais tornou-se um programa de rádio depois que Marcos Tadeu participou de uma oficina de web rádio no Cidadão do Mundo, centro cultural de São Caetano, onde hoje são feitas as gravações. “Eu lia sobre assuntos que gostava em blogs separados, resolvi juntar tudo em um só e fazer a versão radiofônica”, conta Tadeu.
Tadeu e Vini, como são chamados, têm as costas quentes. O técnico Cláudio Pajé acompanha toda produção. Entre uma equalizada e outra, Pajé dá seus palpites e a coisa vai tomando forma. Tudo muito espontâneo, e eles fazem questão de preservar inclusive as trapalhadas na hora de editar o programa. “A edição é apenas para acrescentar dinamismo e tirar as pausas. Apesar de o programa ser gravado, queremos que as pessoas se sintam próximas do que estão ouvindo”, diz Tadeu.
O formato é podcast, o que significa que o programa é gravado e o arquivo fica à disposição no blog (miscelaneapop.blogspot.com) para que o interessado em se alimentar de boas ideias e boa música tenha acesso a hora que quiser. Liberdade que só a internet oferece. Isso poderia soar como comercial no intervalo da novela das oito, mas basta escutar o programa para ter certeza que estamos bem distantes do comercial, superficial, do óbvio.
Vinicius é chegado no “from hell”. No seu repertório entram heavy metal, pós punk dos anos 1980, hip hop, hardcore. Tadeu dá a cara indie ao programa, indo do rock alternativo ao melódico. Mas há espaço para todos, de lançamentos da MPB, bandas do ABCD ou clássicos brasileiros das antigas.
“Gosto de colocar Joy Division, que é pós punk; Slayer, metal; e Beasty Boys, que é hip hop. Eu e o Tadeu compartilhamos o gosto por David Bowie, Mudhoney, que é um grunge bem pesado e até eletrônico, como Moby. Brasileiros também entram no nosso set list, como Nação Zumbi”, diz Vini, descrevendo a miscelânea.
A Kombi - Pelos caminhos alternativos da cultura vai também a Kombi 73, dirigida por Cláudio Cox. O “Som da Kombi 73” surgiu como blog (osomdakombi73.blogspot.com) há cerca de três anos e, de acordo com seu motorista, Cox, o conceito é de garimpo de rock de garagem ao redor do mundo. “A ideia era transcender o eixo Estados Unidos e Inglaterra e explorar outras culturas”, disse.
O esquema passou a ser de podcast há um ano, e à musica “around the world” foram adicionadas dicas de cinema, biografias e curiosidades. No banco do passageiro da Kombi está Lovely Rita, mulher de Cox e apresentadora do programa desde que fez especial de dia das mulheres e tomou gosto pela coisa.
O novo canal - Os dois programas, Miscelânea Pop e Som da Kombi 73, estarão disponíveis no site do ABCD MAIOR a partir desta sexta-feira (06/08) e serão atualizados semanalmente. Este é o início da parceria do veículo com um movimento cultural expressivo que prima pela valorização artística e pela democracia de estilos e histórias. Leitores terão oportunidade de conhecer mais sobre música, cinema, literatura e, de quebra, se aproximar da maior identidade de uma região, que é a cultura.
Quem assistiu os dois filmes do projeto Grindhouse, dos diretores Quentin Tarantino e Robert Rodrigues, pôde conferir, antes de cada filme, um trailer fake sobre um mercenário mexicano chamado Machete.
No projeto, ambos os filmes foram exibidos na mesma sessão de cinema lá fora, mas aqui no Brasil estreou primeiro o filme de Robert Rodrigues (Planeta terror), no ano de 2007 e, somente no mês passado, entrou em cartaz o filme do Tarantino (À prova de morte), com três anos de atraso.
Na realidade, os cineastas queriam apenas homenagear os Explotation Movies dos anos 70, que eram produções baratas, com atores desconhecidos na época, em filmes que exploravam cenas de violência extrema, sexo, drogas, monstros e kung-fu.
O trailer de Machete seguia esta estética e tinha a imagem envelhecida propositalmente, como se houvesse falhas na película, típicas dos filmes de rolo daquela época, imperfeição que garantiu um certo charme retrô.
E o que parecia ser apenas uma brincadeira, já que o filme mostrado no trailer não existia, acabou se tornando mais um longa de Robert Rodrigues, que levou a idéia adiante e recrutou um elenco de responsa. Além de Danny Trejo, que encarna o protagonista, estão no filme Michelle Rodriguez, Robert De Niro, Jessica Alba, Lindsay Lohan, e os impagáveis Cheech Marin (da dupla Cheech & Chong) e Steven Seagal, o homem de poucas expressões faciais.
A trama é basicamente sobre vingança. Machete é um matador mexicano contratado para eliminar um Senador nos Estados Unidos, porém é traído por seus contratantes, que falham ao tentar assassiná-lo. Daí em diante, o que o espectador vai ver são muitas cenas de violência explícita, corpos mutilados a facão, tripas humanas usadas como corda de rapel e...Mulheres peladas!
O filme deve estrear por aqui em 03 de setembro. Enquanto isso fiquem com o trailer, que não é recomendado para pessoas de estômago sensível. ATENÇÃO: Assista somente se você for maior de 18 anos. Caso contrário, não assista!
Mr. Flávio Basso está de volta, novamente sob o pseudônimo de Jupiter Apple.
Para quem quem ainda não conhece sua trajetória, que se confunde com a própria história do rock gaúcho, aqui vai um breve retrospecto.
Em meados dos anos 80, quando ainda era um adolescente ele fundou a banda TNT, gravou a coletânea Rock Grande do Sul em 1985, juntamente com outras bandas que despontavam no cenário dos pampas, como Os Replicantes, De Falla, Garotos da Rua e Engenheiros do Hawai.
Pouco depois de lançar o primeiro disco, ele sairia do TNT para criar Os Cascavelletes, ao lado de Frank Jorge, e chegaram a emplacar a sacana Nega bombom, que entrou para a trilha sonora da novela global Top Model.
Os Cascavelletes duraram pouco tempo, mas o suficiente para se consagrarem como uma das mais importantes bandas do Rio Grande do Sul, com letras de apelo sexista, chegando a serem classificados de Porno-rock, tornando-se os principais responsáveis por criarem uma tendência do rock gaúcho que perduraria até os dias atuais: A sonoridade retrô que remetem aos Beatles e aos Stones, figurino sessentista, e letras debochadas.
Mas a grande virada em sua carreira viria quando ele se lançou em carreira solo e mergulhou de cabeça na psicodelia, metamorfoseando-se em Júpiter Maçã, criando um álbum que é considerado um dos grandes momentos do rock psicodélico brasileiro: A sétima efervescência (1996).
Com referências explícitas que vão de Mutantes à Syd Barret, Beatles a The Who, canções viajandonas ou que celebram a locura como Lugar do caralho, Walter Victor, Miss lexotan 6mg chamaram a atenção do público aficionado pela psicodelia dos sixties.
Essa seria a primeira incursão de Flávio em seu alter ego Júpiter Maçã. A segunda veio com seu segundo disco, Plastic Soda (1999), em que daria uma nova guinada, em direção à bossa nova retrô-futurista, com toques de Stereolab, com músicas cantadas em inglês. Foi quando adotou o condinome de Jupiter Apple.
Seu terceiro trabalho Hisscivilization (2002) é o que soa mais experimental de sua carreira, misturando música brasileira com programações eletrônicas, sintetizadores e Moogs, que inicialmente causou estranhamento em seus fãs, mas que mais tarde viria a se tornar um álbum cultuado.
Voltou como Júpiter Maçã em Uma tarde na Fruteira (lançado em CD apenas em 2008, mas que já circulava na internet desde 2005), explorando mais sua influência do tropicalismo, voltando a compor em português e criando novos clássicos, como Beatle George, Síndrome de pânico, A marchinha psicótica de Dr. Soup, entre outros, neste que é considerado um de seus melhores álbuns.
Em Bitter (2008), seu quinto álbum, já demonstrava sinal de esgotamento criativo em uma fase marcada por problemas com o alcoolismo, se apresentando sem a menor condição, em performances que beiravam o constrangedor.
Desde o ano passado, Jupiter parece ter se recuperado dessa fase e resurge em uma nova fase, na qual aposta em lançamento de singles em vídeo-clipes.
No ano passado gravou Modern Kid, um rock dançante bem atual e radiofônico; Recentemente soltou este vídeo de Calling all bands, que marca uma nova mudança de estilo deste artista que tem a capacidade de se reinventar a cada trabalho.
Apesar de seus detratores estarem mais preocupados em fazer críticas homofóbicas por conta de seu visual andrógino e uma interpretação caricata, cheia de caras e bocas, o vídeo tem uma ótima produção, com referências aos Beatles, Andy Warhol e Bowie. Controvérsias à parte, a música é ótima, com ecos do Velvet Underground, e promete atingir um outro tipo de público.
Agora é só torcer para que venha mais material com essa qualidade em seu próximo disco. Ou será que ele desistiu do velho formato?
Com o Jupiter é assim mesmo... Tudo o que ele faz foge do convencional.
